Um filme de Franck Flanquart, uma ideia original de Iris Lahore

Através d’ « O Livro dos Mortos Tibetano » e, se recuarmos mais no tempo, com « O Livro dos Mortos do Antigo Egipto », temos a prova de que através das eras e das civilizações, uma cartografia do Além foi várias vezes esboçada, para preparar o moribundo para aquilo que o espera. Mas quem é que, nos nossos dias, pode verdadeiramente compreender (e religar à sua vida concreta, quotidiana) aquilo que os autores destes manuscritos transmitiram aos seus contemporâneos, há centenas ou milhares de anos ?

Actualmente, no Ocidente, em 2015, é sob a forma de um documentário-ficção que nos é contado o acompanhamento de fim de vida de Júlia, a que se segue a sua orientação através dos mundos da sua consciência e dos mundos do Além. « O Primeiro Suspiro », através da força das imagens e dos sons, com os seus textos cheios de alma e de inteligência, revela uma incrível lição de vida : os actos que manifestamos durante a nossa vida terrestre, não só orientam o nosso percurso durante a morte, mas também criam as  condições do nosso renascimento.

Este documentário-ficção é uma viagem da vida até à morte, e depois, até ao renascimento, da qual nenhum espectador sincero poderá sair sem uma formidável lufada de esperança e de responsabilidade quanto à sua realidade como ser humano.